A era da influência talvez tenha perdido seu brilho, mas não seu valor.
O marketing de influência deixou de ser novidade faz tempo. Em 2025, o que separa campanhas que vendem de campanhas que apenas aparecem é a maturidade estratégica. O mercado global segue em expansão (crescimento de 35 % ao ano, segundo o Influencer Marketing Hub), mas o que não cresce é a paciência do público para publis vazias e parcerias oportunistas.
Ainda vale a pena investir? Sim, se você fizer direito.
Os dados não mentem:
- ROI do marketing de influência ainda supera o de muitos canais tradicionais.
- Plataformas favorecem o conteúdo de criadores nas entregas orgânicas.
- E o comportamento do consumidor mostra que compra por afinidade continua em alta.
Mas aqui vai o ponto crítico: a profissionalização do setor não acompanhou o crescimento. Ainda vemos marcas entregando briefings genéricos, pagando caro por posts soltos e medindo sucesso por curtida, isso precisa mudar.
Cinco fundamentos que separam “marketing de influência” de “marketing de fachada”.
1. Autenticidade virou commodity… mas nem todo mundo entrega
Todo mundo fala sobre autenticidade, mas poucos dão liberdade real ao criador. O público percebe quando uma publi é forçada… e rejeita na hora.
Ponto de atenção: se a sua campanha precisa de 3 rounds de aprovação para um story, ela provavelmente já nasceu morta. Influência não se controla com rédea curta.
2. Valores em comum importam mais do que alcance
O “fit” entre marca e influenciador não é opcional. Quando o influenciador defende causas que batem com a sua, a recomendação tem peso. Quando não bate, o estrago é grande e custa credibilidade.
Dica Deblian: use uma matriz de afinidade com critérios como causa, estética, tom de voz e comunidade. Se o influenciador não dialoga com o público que você quer, desista, mesmo que o número de seguidores seja tentador.
3. Storytelling > exposição
Repetir o nome do produto três vezes no vídeo não é marketing, é ruído. O que engaja é uma narrativa usada de forma inteligente!
Exemplo de ouro: quando o criador insere o produto como parte da solução de um problema pessoal, e isso soa espontâneo, a conversão acontece naturalmente. O conteúdo entrete e não interrompe.
4. Campanhas de um post só são dinheiro jogado fora
A recorrência cria familiaridade. E familiaridade gera confiança. A lógica é simples, mas ignorada por muitas marcas que buscam “impacto imediato” com uma única publicação.
Recomendação estratégica: campanhas de 3 a 6 meses, com entregas variadas (Reels, stories, lives e collabs). Isso cria uma presença contínua, e não uma ação esquecida em 24h.
5. Dados + escuta = performance
Muitos criadores de conteúdo já sabem o que o público quer, mas não têm acesso a dados de conversão. Já as marcas, muitas vezes, ignoram a escuta ativa que o criador faz todos os dias.
O ideal: dashboards compartilhados, códigos rastreáveis, UTMs e reuniões de otimização durante a campanha. Influência é relacionamento e dados são a ponte entre criatividade e resultado.
O poder dos pequenos: nano e microinfluenciadores entregam mais por menos!
Não é novidade, mas precisa ser reforçado: o melhor custo-benefício está nos influenciadores de nicho.
Tipo de Influenciador | Engajamento médio (%) | Nº de Seguidores |
---|
Nano-influencer | 2,5 % a 4 % | até 10 mil |
Micro-influencer | 3 % a 5 % | 10k – 100k |
Macro e celebridades | abaixo de 1 % | 100k+ |
Além de engajamento mais alto, eles entregam:
- Público qualificado;
- Relacionamento genuíno com seguidores;
- Acesso direto a comunidades que confiam.
Atenção: o que exige mais trabalho aqui é a curadoria. Mas com boas ferramentas de social listening e análise, o ROI compensa.
Métricas que realmente importam (e que ninguém coloca no relatório)
Ainda se fala demais em número de seguidores e curtidas. Em 2025, o foco precisa ser:
- Taxa de salvamento e compartilhamento
- Comentários qualitativos (não só emoji)
- Leads gerados por campanha
- Vendas incrementais no período
- LTV dos novos clientes adquiridos
E, claro: análise de sentimento nos comentários. Isso mostra se a audiência comprou a ideia, não só o produto.
O marketing de influência em 2025 não é sobre popularidade. É sobre impacto, consistência e conversas genuínas com quem realmente compra de você.
Se sua marca quer construir comunidade, não basta seguir modinha. É preciso visão, curadoria e coragem para investir em quem representa seus valores, mesmo que tenha “só” mil seguidores.
Quer transformar seguidores em defensores da sua marca? A Agência Deblian faz isso com estratégia, dados e sensibilidade criativa. Fale com a gente e veja como unir performance com propósito.